Antes mesmo de sagrar-se o grande vencedor nas eleições dentre os tucanos, como senador e cabo eleitoral de Anastasia em Minas Gerais, Aécio Neves já se oferece para articular o apoio da Marina no 2º turno. Ingenuamente acreditando nas pesquisas do Datafolha e apostando na tendência de queda de Dilma, antes que as urnas comecem a falar. Já montado na campanha de Serra, que frustrou a expectativa de quem o julgava mais preparado. Para evidenciar ao PSDB quem era o melhor candidato. Quem será seu novo líder, no caso de Serra confirmar seu fraco desempenho na retórica e no convencimento, além de relegar o cacique FHC às traças. Com isso, Aécio também melindra os verdes e não dá nem um tempo para que eles comemorem a derrota que se converterá numa vitória. Vale a pena haver um 2º turno para observarmos as duas caras de Serra. A primeira face já escondeu debaixo do tapete, ao longo da campanha, os interesses do agronegócio, que o apoia ao tempo em que protege os que exploram o desmatamento e queimam florestas para plantar gado. A segunda face revelar-se-á verde desde criancinha, desmentido pelo que o estado de São Paulo se tornou nos últimos 40 anos, obrigando Marina a decidir no plebiscito que ela sempre negou: votar no PT em que construiu sua história ou aderir à plumagem do alto tucanato, como Gabeira bem o fez. Ou subir no muro.