A mídia, obcecada em registrar o enfraquecimento da candidatura de Dilma nas pesquisas, preferiu omitir-se diante da queda de Serra. Mas os tucanos não podem se dar a esse luxo. Ainda mais que o plano B de Lula é Ciro, que cresceu com seu discurso de reduzir a pó o PMDB e abraços em Sarney e Collor. Se Serra não abrir a boca, pode cair no conceito do público pesquisado – os gladiadores já se encontram na arena. Vai sobrar pro Aécio, que não conseguiu provar que é puro-sangue nas pesquisas. Prévias no PSDB foi conversa pra boi dormir, acostumado, como quase todos os partidos, a decidir na base de conchavos entre os caciques. Com a eleição garantida para o Senado, restou a Aécio almejar a presidência da Casa Alta ou um cargo de superministro de Serra, como prêmio de consolação. Deixando Minas na saudade e lembrando os tempos da política do café com leite da República Velha – sempre a reboque de São Paulo. Tivesse trocado de partido, lançaria sua candidatura e, num eventual segundo turno com Serra, o voto do eleitor do Lula seria seu.
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