Aécio Neves, apoiado pelos partidos de direita (DEM e PPS), conclamou os partidos de centro-esquerda (da Marina e do PSB de Eduardo Campos) a se unirem em 2014 para todos formarem uma frente ampla e explorarem a exaustão do modelo petista de governar, e assim interromper seu ciclo predominante de políticas sociais, substituindo-o por mais privatizações e pela diminuição do Estado. Começa a campanha com a mentira da exaustão, pois os altos índices de aprovação de Dilma e a conquista da cidade de São Paulo pelo PT o desmentem. Aécio aproveita-se para intitular a aliança sonhada com a falseta da esquerda democrática, idealizada pelo comunista de araque, Roberto Freire, que ofereceu sua legenda para abrigar Marina, no caso da Rede não conseguir as 500 mil assinaturas de cidadãos necessárias para legalizá-la. Interessa aos tucanos que Marina e Eduardo Campos se lancem como candidatos para roubarem votos não cristalizados em Dilma no 1º turno, de modo que no 2º turno migrem automaticamente para o colo de Aécio. Falta combinar com o eleitor, senão parecerá proposta de ébrio. A imagem do PSDB está cada vez mais identificada com governar somente para os ricos face à ênfase na gestão (a fachada empresarial) e nas privatizações (o patrimônio público nas mãos de conglomerados), e muito pouco com o social – reconhecido pelo próprio FHC. Marina, com o voto do eleitor chamado “esclarecido”, e o voto popular de Eduardo Campos bem podem superar Aécio. E aí como é que fica a estratégia do PSDB com nome (Aécio) e sobrenome (Marina ou Eduardo Campos)? A propósito, Frente Ampla é uma expressão que ficou identificada com lutar contra a ditadura. Quem desses candidatos foi até torturado? Dilma. Ditadura do PT eleito pelo povo? Quem trocou a nomenclatura do golpe de 64 por revolução, já caída em desgraça? Aécio, em seu estado natural.