A fila para babar o ovo de Aécio promete ser longa. A fim de que saia vice na chapa puro-sangue do PSDB ou, pelo menos, não desanime no envolvimento com a campanha presidencial. Serra terá que sair do seu conforto nas pesquisas para implorar a Aécio a sua bênção. Nas eleições de 2002 e 2006, os tucanos amargaram derrotas em Minas no enfrentamento com Lula e o desempenho de Serra junto ao eleitorado mineiro preocupa a cúpula do PSDB. O nobre Virgílio sugere oferecer generosas fatias de poder a Aécio na composição do futuro governo, além de articulador mor da campanha, transitando do vice formal para vice-rei. Ainda mais que Aécio se propõe à mágica de aproximar os brasileiros uns dos outros através da diminuição das diferenças que os separam, fugindo à armadilha do confronto plebiscitário de privatização versus Bolsa Família e ao discurso lulista que tenta dividir o país ao meio: entre bons e maus, entre ricos e pobres, entre os iguais a Lula e os que estão longe dele. Ao PSDB não interessa, pois põe os tucanos no colo dos ricos.