Serra irá ser o candidato anti-Lula. Aécio se retirou, de tanto ser enrolado pela cúpula do PSDB em oposição às prévias, ao perceber que o governador de Minas ganharia fácil. Com um nome a zelar, Aécio não quis ser empurrado com a barriga, para depois ver Serra indicado por aclamação, em obediência à supremacia econômica de São Paulo significar domínio do jogo político. Em sua carta de cessão de direitos a Serra, não o mencionou uma vez sequer, em jogada de mestre que lembra o avô Tancredo Neves, pois obriga o paulista a descer do muro, assumir a candidatura e enfrentar as corriqueiras traições na hora de compor alianças. A angústia tomará conta de Serra se as pesquisas nos próximos 3 meses sinalizarem queda, por caber substituição pelo Aécio no último minuto. Ao Lula interessa o Serra, na engenharia do confronto plebiscitário PT versus PSDB. FHC não conseguirá ficar calado. É melhor Lula cruzar os braços e ficar urubuservando se o vice de Serra será um panetone do DEM, uma motosserra da bancada do desmatamento ou o velho Itamar cansado de guerra.
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