Tudo parecia transcorrer na santa paz para Aécio Neves em seus domínios eleitorais, até que ele resolveu antecipar para as eleições de prefeitos a disputa presidencial de 2014, implodindo a aliança regional com o PT. Pôs os petistas pra fora da chapa para forçar o apoio do PSB de Eduardo Campos, que reina em Pernambuco, à sua candidatura presidencial. Em troca, reelegeria o prefeito Márcio Lacerda em Belo Horizonte, o que aguçaria o apetite do PSB na região Sudeste. Formando uma base sólida em Minas Gerais com prefeito e governador no bolso, partindo do pressuposto de que os mineiros foram o fiel da balança para eleger Lula e Dilma. Se somar os votos que Serra recebeu no 2º turno em 2010 (41%) com os que Aécio conquistaria em Minas com o seu prestígio (70% como senador), são mais do que o suficiente para governar o Brasil. A falta de compromisso provocou a imediata reação do PT de Minas, que lançou o fortíssimo candidato Patrus Ananias que deverá jantar Lacerda com rara facilidade. Além de unir o partido, rachado com o grupo de Fernando Pimentel desde que ele sacramentou essa coalizão com o PSDB do Aécio que, pior, só mesmo a de Lula com Maluf. Sem contar que reacende a guerra interna no PSDB nacional e as esperanças ridículas de Serra (disputar pela terceira vez), no caso de fracasso do Aécio em BH. Vai ser seu teste por pura afobação.
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