Na crise financeira mundial, a poupança do povo foi disponibilizada para os interesses privados se servirem. O tesouro público, nutrido pela população, garantiu, graças aos economistas na gestão de negócios, que entendem como ninguém a quem enganar. O socorro de mais de US$ 3 trilhões, realizado por governos de todo o planeta a bancos e agentes financeiros, é a redistribuição da riqueza pública em favor da especulação financeira. Não se estatizou nada, apenas se socializou os prejuízos, em favor dos ladrões especuladores. Afinal, o mundo é uma bacia das almas que se criam no livre comércio e enriquecem na liberdade de movimentação de capitais, com a omissão do Estado. Como o especulador é capaz de vender sua própria mãe, não foi surpresa arrastar para o lodo o bem-estar de todos. Se a banca dos especuladores não fosse resgatada da falência, a economia produtiva e os trabalhadores iriam para o buraco. Salvar o negócio mais lucrativo do mundo significou defender os interesses maiores da coletividade. Não se conhece agiota que tenha quebrado.
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