Uma ação impensável e conjunta de Temer com Moro. Só os mal-intencionados é que não acreditam. Temer, se sabe do que é capaz ao dar curso ao golpe na Dilma, em fase de execução final. Mas, quanto ao Moro, não esperávamos que fosse tão longe em defesa de instalar um poder branco, burguês e elitista contrário à priorização de políticas de inclusão e a erradicar a miséria. No entanto, depois da tentativa de prisão do Lula e a divulgação de seus grampos, de reiteradas invasões à sede do PT como se fosse um valhacouto de bandidos, e a prisão do ex-ministro de Lula e Dilma, Paulo Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann, para desviar a atenção da delação premiada de Sérgio Machadada contra o PMDB e PSDB (sem sequer citar o PT), abalando o governo Temer, Moro comprovou que é uma figura perniciosa no emprego da força e do aparato policialesco em ações truculentas que mais parecem ditadura do que democracia. Adquiriu a fama de autêntico representante dos interesses tucanos e da mídia, agora agregados ao governo Temer, a despeito da corrupção que sempre grassou em suas administrações estaduais e municipais, e igualmente em seus parlamentares com assento no Congresso. Moro também mostrou que é capaz de tudo para arrancar o PT do poder, mesmo sabendo que é golpe (se ele se acha tão entendido em lavagem, por que não lavar Temer?), e que Temer está comprando os votos de senadores para assegurar o impeachment, comprovando que o mensalão está longe de acabar (a última sinecura foi do Romário). Cabe reconhecer que essa entidade conspiratória e maçônica em formação precisa se utilizar de todos os meios ilícitos, desonestos, corruptos, até mesmo a cooptação do juiz Sérgio Moro, que adora usurpar prerrogativas que não são de sua instância (invasão da casa da senadora Gleisi Hoffmann), para atingir os objetivos colimados de roubar o país em prol dessa aliança maldita.
Se assim não fosse, por que o ex-advogado do PCC e atual Ministro da Justiça de Temer encontraria Sérgio Moro em Curitiba e 48 horas depois se desencadearia ações midiáticas e policialescas contra o PT, é claro? Para beneficiar Temer e enfraquecer Dilma na batalha do impeachment que se dará em setembro, a reboque de “acidentes” de percurso na Lava-Jato em que empreiteiros acabaram delatando gente como José Serra, Aécio, Temer e outros do mesmo baixo nível. No entanto, essas delações não se transformaram em investigações, muito menos em prisões espetaculosas com transmissões ao vivo da Globo e homens fortemente armados, mas aplaudidas pelos batedores profissionais de panela e seus movimentos financiados. Igualzinho à véspera de eleições, são operações às vésperas do impeachment e sua votação final com suas baterias voltadas para Dilma, Lula ou algum dos senadores do PT, o que denota extrema parcialidade, seletividade e partidarismo.
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