Escrito a pedido do sogrão, inspirada no meu amor pelo filho dele.
Amor maduro não tem idade
Acontece depois que a vaidade vai embora
Quando o orgulho não chora
E nos deixa simplesmente fluir
Num constante ir e vir
De encontros e desencontros
Opostos quereres e verdades
Quando batem de frente
Exigem adaptabilidade
Quando se quer chegar
A um lugar comum: paz
Não há alma gêmea,
Nem metade da laranja
Existem almas afins
A fim de ficarem juntas
Quando a luta é adulta
Cada um quer se melhorar
E não mudar o outro
Crer que há alguém perfeito para você
É um conceito muito louco
Pra não dizer ingênuo
Sereno é o amor maduro
Que mesmo quando aquilo
Não tá duro
E os dois pagam os juros
De suas dívidas de vida
Não tem dureza, nem pobreza
Só beleza, mesmo na feiúra
Loucura é achar que é preciso ser jovem
Para sempre para ser bonito
O amor depois de muita vivência
É como a alma antiga
O corpo pode morrer dali a pouco
Mas o que tá dentro é forte e infinito