É digna de orgulho sim,
mas ela não me define,
não é meu fim.
Nasci para evoluir
minha linhagem.
Vejo a vida como uma viagem
em que vamos pouco a pouco
nos desvencilhando
das roupas da bagagem
e vamos ficando
mais livres na mente.
Meu coração ainda sente
as dores da minha gente,
mas eu questiono,
me posiciono
e inverto esse jogo.
Não é porque eu e elas já sofremos
que vou só olhar para o que não tivemos
ou idolatrar de onde viemos.
Quero ir além do que nos fizeram de mal
e de todo o bem que a gente tem.
O mundo é muito maior para quem vê bem
e não se limita à própria história.
Para quem não enxerga a vida
só com a lente da memória.
Quero continuar a aprender e a crescer,
e quantas vezes preciso for,
vou morrer e renascer.