Sempre houve atos insanos perpetrados pela elite dirigente do país contra a memória da História do Brasil. Com Dom Pedro II, enterrou-se os escravos que se postaram à frente de Caxias e levaram chumbo grosso dos paraguaios, sob promessa de alforria. Agora se procura reiterar o esquecimento e o perdão para os dois lados, colocando uma pedra sobre as torturas da ditadura militar, os estupros, aniquilamentos e atentados, como o de Zuzu Angel, sob o pretexto de que eram crimes políticos promovidos para afastar a ameaça comunista. Igualzinho a Stalin que, além de eliminar os inimigos da revolução, retocou fotos históricas em que apareciam Lenin e Trotski, numa tentativa vã de apagá-los da memória russa. Não existe acontecimento no mundo que possa se considerar superado e sepultado definitivamente, livre de julgamento.