O Ano-Novo põe em xeque o que é velho ou já superado para sobrevir o novo ou o que está para entrar na ordem do dia já faz tempo. Ou se confia nos ventos que varrerão para bem longe o mau agouro e a maré de má sorte ou se abate com o desânimo e a depressão com o nada dá certo.
É uma decisão, de fato, de caráter existencial no repique das doze badaladas dos sinos à meia-noite se estivéssemos na antiguidade, mas relativizada pela alegria fácil no espoucar de fogos de artifício de toda a sorte ou no brinde vazio de champanhe.
Ou bem brincamos no Réveillon e antecipamos o carnaval que deverá predominar no Ano-Novo ou nos mantemos sóbrios sem maiores emoções como se nada estivesse acontecendo ou nos fartamos e vamos dormir mais cedo. E no dia seguinte acordar com a cabeça inchada de tanta preocupação com o que nos aguarda.
Ou bem levamos fé na vida com força e coragem ou nos perdemos nos descaminhos que nos são oferecidos em nossa trajetória, a cada esquina.
É uma verdadeira odisseia! Aventuras singulares e imprevistos chocantes. Não é apenas uma corrida de obstáculos. Uma sucessão de provações para procurar chegar até o fim com a cabeça erguida sem desanimar, pois tudo faz sentido. Há que acreditar, pois nada acontece por acaso. Pense nisso, se puder. Senão, continue a comemorar a passagem do ano velho para o Ano-Novo, enchendo a cara, chamando o ano da virada.