Dirigido às mães que ainda se julgam donas de seus filhos quando eles já estão sendo empresados por suas mulheres em sua trajetória, cheia de altos e baixos, por ainda não saberem a que mulher pertencem. Se à supermãe ou a quem amam. Instalando neles o eu dividido para todo o sempre, salvo se decidirem livrar-se das garras, tanto de uma quanto de outras, e permitir que suas águas fluam e se libertem da situação de represamento. Quanto aos chiliques do filho, em seu eterno em cima do muro, a mãe dá o seu grito de independência e se dirige à nora: “Antes de ser sua mulher, ele foi meu filho! Aliás, ele é meu filho, e continua a ser meu filho!”. Foi o que bastou para a nora fazer as trouxas e se mandar com o filho da mãe também saindo às espavoridas, em desabalada carreira, atrás de sua mulher. Mãe é só uma, e aquela mulher pode ser de vários. Só em tragédia grega é que filho tem interesse em transar com sua velha mãe. Isso já está ultrapassado. Não precisa nem a mulher ser escultural. Bobo do filho que continuar plugado nas saias da mãe. A mãe um dia sumirá, e ele poderá ser trocado e passar por otário aos olhos de outros homens. Que é o que conta mais. A imagem. Ser filhinho da mamãe queima o filme de sua existência. Agora ser filho da puta com outras mulheres é motivo de alta cotação no mercado. Não contavam, porém, com as periguetes, que vieram para acabar com a fama desses bastardos e pôr ordem na casa, até impondo respeito às sogras, não se curvando aos seus caprichos quando invocam o status bíblico de ser mãe – o princípio do mundo. Alguém já viu a imagem de Adão e Eva rodeados de filhos?
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