Toda pessoa que cruzar nosso caminho pode vir a se tornar nosso mestre espiritual. É bem verdade que um mestre nem sempre compreensível e generoso, senão ladino e velhaco para testar nossa paciência e comedimento – ele não lhe dará ensinamentos de mão beijada. Disposto a tirar o seu sossego, até faltando com a verdade para testá-lo e enchendo-o de dúvidas quanto ao seu caráter. Fazendo-o se sentir incomodado, pensando e repensando se não é de propósito para odiar o mestre.
É que há uma lição a ser tirada, pois ele procura chegar em sua sensibilidade intocada e fazer você enxergar nele o seu reflexo. Dando a chance de compreender que a paz sempre pode partir de nós, se assim permitirmos.
Por isso, desperte o mestre em você e aja com inteligência e equilíbrio. Perceba suas motivações e questione por que se irrita tanto com seu mestre despido de boa vontade. Inspire-se nesse turbilhão de mal-entendidos, o que há por ser feito para melhorar. Transforme-se num bom entendedor.
O fato é que cada um de nós constitui um universo à parte e reflete nos outros a nossa luz, e sombras que insinuam absurdos e enigmas insolúveis. Para, então, interpretá-las não mais como uma ameaça.
Se o mestre o perturba é para dar a você a chance de autoconhecimento, tolerância e paciência, mesmo que ele não tenha consciência de seu papel de professor. Não se indisponha e seja até grato a ele. Traga a paz para o seu seio através do entendimento, sepultando a disputa, a competição, a rivalidade.
Ao mestre, com carinho.
Deixe um comentário