A presença de bandeiras do PT e de outros partidos de esquerda irritou os manifestantes no Rio e em São Paulo, por invadirem sua praia, muito embora as vias públicas pertençam ao povo. Não há espaço para a ditadura, muito embora os boatos golpistas fervilhem e cabe lembrar que não há exemplo na História de outra democracia suceder à democracia derrubada. Mas há espaço para a mídia se exercer como partido político e explorar que o governo está acéfalo, sem comando para coibir os desmandos, para agregar Aécio, Marina e Eduardo Campos contra o “Mal” – não precisa nem de um golpe, basta sangrar. Os apartidários vão se esbarrar muito em breve com a realidade de exercer seus direitos políticos e votar numa candidatura que leve adiante toda sua imensa pauta de reivindicações. A percepção do movimento que o sistema político beneficia aos políticos e não ao povo vai ter de desembocar, mais cedo ou mais tarde, nas eleições, nos partidos políticos e nos candidatos.