O medo de morrer. Ou será o medo de morrer associado a enfrentá-lo com dor? Por ter de efetuar a passagem obrigatoriamente com sofrimento para nos darmos conta, aos poucos, do que fizemos ou deixamos de fazer. A nos despedirmos, melhor que seja de forma invisível, sem que ninguém note ou provoque maiores lamúrias, de maneira que o transcendental se instale o quanto antes. Mas se gostas tanto da vida que um pouquinho de apego não faz mal a ninguém, por que não solicitar uma prorrogação no tempo útil? Só se o combinado girar em torno do perdão, dissolver o ressentimento em fogo baixo e despir-se da mágoa. De que adianta se és insaciável e o que quer mais da vida é apenas mais? Sendo cedo para se despedir. Mesmo que não a aproveite muito. O que importa é estar vivo e não morto. Pobre de ti que não compreendes o que é estar morto em vida e muito menos depois de morto! Que surja algo ou alguém que se apiede de sua alma e abra-lhe os olhos para perceberes o tempo que estás a perder! Apressa-te antes que tu te arrependas!
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