Na prisão dos pensamentos
Tento abrir portas com o tempo
Mas não saio lá de dentro
Continuo ali tendo
Espirais de movimento
Girando o mundo num momento
Tudo junto ainda dentro
Bumerangues-sentimentos
O corpo cansa, os olhos ardem
Ervas daninhas me invadem
Procriando aquele vento
Me acordando mais por dentro
A noite aflita vem e grita
Menina, vai dormir
E eu não saio daqui
Do meu cárcere privado.
Posso me remediar
Escolher uma erva pra acalmar
Eu já consegui
Mas então saio daqui
E esqueço o que vivi
O que preciso digerir
O que não posso apagar
Me dou por vencida
Corro para a escrita
Esta fada maldita
É quem vai me libertar
É sempre assim
Esse é o meu lugar