Na final da Copa do Mundo de 1966, já na prorrogação, com o placar empatado, a Alemanha sofreu um gol da Inglaterra em que a bola bateu no travessão e quicou na linha, sendo validado como gol pelo bandeirinha soviético Tofik Bakhramov perante o juiz suíço Gottfried Dienst. O fiscal de linha, como se diz em Portugal, virou nome de estádio no Azerbaijão, onde nasceu – por ser o único fato merecedor de registro no futebol de seu país -, além de o terem homenageado com uma estátua após a morte, inaugurada por Hurst, o autor do gol fatídico, quando das eliminatórias para a Copa de 2006, em jogo entre a seleção inglesa e a azerbaidjana. Não podia sair boa coisa da aliança dos inventores do futebol com ex-comunistas. 44 anos se passaram e a prova de que Deus existe. Manifestada no futebol. O império britânico castigado com uma bola que resvalou no travessão e tocou dentro do arco alemão diante de árbitro e assistente distantes do que significa justiça no futebol – nada assinalando. O Reino Unido deu adeus e se juntou à Itália e à França.
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