Finalmente, Mangabeira Unger, o homem que Lula botou pra pensar o Brasil, fala alguma coisa com sentido, no seu sotaque americano. No Plano Amazônia Sustentável. O cruel paradoxo da política indigenista, generosa na distribuição de grandes extensões de terras, mas incapaz de permitir melhores condições de vida aos índios, e a necessidade de conciliar desenvolvimento com a preservação do meio ambiente. E abrir caminho para uma moçada mestiça, morena, sobrevivendo de pequenos negócios, estudando à noite – os batalhadores emergentes. Ainda fica faltando resolver se o índio se insere na sociedade de carteira de trabalho, depois de aculturado, ou se é melhor se transformar em líder esclarecido na defesa dos interesses indígenas. E o Mangabeira perder a cara de Mussolini.