Quando se olha para as gerações seguintes no seio de famílias que se formam, se estruturam e procuram dar largos passos em direção a um mundo mais aberto e livre de preconceitos, a pergunta que se faz no Natal é como manter a tradição dentre as crianças.
Se o Uruguai, um país neutro e equilibrado, mas que cresceu sob a influência espanhola e cristã, transformou o Natal em festa laica e restrita à família, garantido o direito de comemorar os festejos típicos de qualquer religião como bem aprouver a cada cidadão.
Como perseverar as tradições natalinas, se as crianças nascem cada vez mais espertas e independentes? Orgulhando-se de sua opinião própria e encarnando senhoras de sua verdade.
É bem verdade que as delícias de Natal trazidas à mesa, raras de serem consumidas no decorrer do ano, venham acompanhadas de paz, alegria, o interesse desusado e o prazer satisfeito e garantido. Exceto para quem está de mal com a vida ou de ovo virado, não havendo nada que a agrade.
O mundo continua cada vez mais voltado para o conservadorismo, mas as tradições natalinas vêm afrouxando e perdendo substância em contraste com a realidade de cada família, sujeita a chuvas e tempestades. Fazendo cada criança inteligente pensar, em meio à observação do mundo onde veio parar, que não será fiel ao espírito do Papai Noel por não enxergar em sua família a harmonia e a solidariedade alardeadas no clima natalino.
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