Apologia a agressões físicas contra os ministros do Supremo Tribunal Federal, contendo diversos xingamentos, afirmando que eles vendem sentenças e defendendo a “destituição” deles e o retorno ao AI-5 (o endurecimento da ditadura militar em 1968 por meio de torturas, execuções e desaparecimento de corpos). Gravíssimas declarações atingindo a honra dos juízes, constituindo grande ameaça à vida e segurança dos mesmos, no intuito de impedir o livre exercício do Poder Judiciário ao propor o fechamento do Supremo Tribunal Federal, de forma a desarmonizar o equilíbrio entre os três Poderes e destruir o Estado Democrático de Direito, ofendendo a Constituição. Do deputado bolsonarista Daniel Silveira (RJ), que pertenceu às hostes da PM, envolvido em quadrilhas de fake news, a cara do eleitor do Bolsonaro, com físico avantajado, machista, metido a puxar briga, posto em cana por determinação do ministro Alexandre de Moraes, a saber: “Ministro, eu quero que você saiba que você está entrando numa queda de braço que você não pode vencer. Não adianta você tentar me calar. Eu já fui preso mais de 90 vezes na Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro”. “Tenha certeza, a partir daqui o jogo evoluiu um pouquinho. Eu vou dedicar cada minuto do meu mandato a mostrar quem é Alexandre de Moraes, quem é Fachin, quem é Marco Aurélio Mello, quem é Gilmar Mendes, quem é Toffoli, quem é Lewandowski, eu vou colocar um por um de vocês em seus devidos lugares”. “As pessoas que estão aqui me assistindo agora, eu não me importo nem um pouco, pelo meu país eu tô disposto a matar, morrer, ser preso, tanto faz, você não é capaz de me assustar”. “Por várias e várias vezes já te imaginei (dirigindo-se ao Fachin) na rua, levando uma surra. Você e todos os integrantes dessa corte. O que você irá falar? Que eu tô fomentando a violência? Não, só imaginei. Ainda que eu premeditasse, ainda assim não seria crime, você sabe que não seria crime. Jurista pífio! Então, qualquer cidadão que conjecturar uma surra bem dada nessa sua cara com um gato morto até ele miar, de preferência após a refeição, não é crime”. O deputado primata pretendeu discutir Direito em pé de igualdade com os juízes na linha de pensar, premeditar e conjecturar como liberdade de expressão, minimizando sua postura grosseira e cafajeste, em sendo apologista de milícias, mas se esquecendo de que jurou respeitar a Constituição e a democracia, ainda mais que foi eleito por cerca de 31 mil energúmenos.
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