Possuídas pelo verão, riem à toa, acham graça em qualquer besteira, dançam, saltitam de excitação, moçoilas que não têm mais de 25, nem chegaram aos 40 tampouco, com perfeita noção de abandonar a papagaiada do amor ideal e baixar o padrão, conforme o verão disponibilizar. Que importa, se são elas que darão as cartas? A barriguinha de tanque impressiona, embora emitam, constantemente, guturais gritos de que vão à luta – u-u-u-uuú! uau!, ah-ah-aaah! -, sem ainda estarem gozando das delícias da cama. É o cio do verão que se aproxima e as deixa histéricas. Se irão ser felizes, só quando o carnaval chegar, e decidirem com quem desfilar depois da quarta-feira de cinzas. As histéricas não são bonitas, muito menos agradáveis, mas possuem uma disposição fora do comum para potrancas que nem mesmo ganharam um grande prêmio; exibem uma pujança no cânter, que vale a pena apostar suas fichas em mocréias que aspiram a vôos maiores.