No ciclo do ouro, no século XVIII, as escravas se aperceberam que, quanto mais fornicassem com os brancos, maiores as chances de terem filhos mulatos e alforriados, porque não mais tição da África, nem tampouco portuga. Mulheres analfabetas que partiram do continente que deu origem ao mundo estavam delineando a raça do Brasil e a sua cultura tropical, resultado de uma doação antológica aos seus filhos que, se não fugissem à própria luta, conseguiriam libertar e resgatar seus ancestrais da escravidão.