Benjamin Netanyahu, à frente da coalizão mais conservadora que já governou Israel, selou mais uma aliança com Matteo Salvini, vice primeiro-ministro da Itália e o mais recente expoente da ultradireita. Em adesão, também já visitaram Israel a Hungria de Viktor Orbán, a Áustria de Sebastian Kurz, a República Checa de Milos Zeman, a Filipinas de Duterte, enquanto Bolsonaro para lá se encaminha. Todos seguindo as ordens do comandante em chefe dos EUA, o general Trump. Todos irmanados com o objetivo de esvaziar o poder islâmico e reverter o isolamento internacional de Israel devido à ocupação que levou a cabo dos territórios palestinos. Todos juntos contra a imigração oriunda da África e dos países muçulmanos para não importar miséria. Isolando a pobreza como se não pertencêssemos ao mesmo meio ambiente. Levantando muros e criando barreiras, reais ou simbólicos, discriminando nossos semelhantes. Por que será que Israel se encaminha para o mesmo padrão nazista que os pôs a caminho do Holocausto? Quando os judeus já emigraram para tudo quanto é lugar no planeta, algumas de suas jornadas entrando para a História. Não foram poucos os que chegaram ao Brasil com uma mão na frente e outra atrás, procurando esquecer as feridas do nazismo e conseguindo se radicar no país e se desenvolver graças ao seu saber e tradição milenares. Não para reproduzir trajetórias apocalípticas e de final dos tempos.