O equilíbrio do Universo está profundamente correlacionado ao desenvolvimento dos valores morais que nos faltaram na encarnação anterior, sem os quais jamais encontraremos os meios necessários para alcançar a nossa paz de espírito e felicidade. Aquele que se eleva será rebaixado? Se não se cuidar nessa encarnação, ignorando que a humildade é o sentimento contrário do orgulho. Quem é humilde não se preocupa em ser mais do que os outros, é paciente para auxiliar a quem está aprendendo, sem que o outro se sinta humilhado. Temos que vencer a nós mesmos para não nos comportarmos como os príncipes das nações que ainda hoje dominam seus vassalos, sendo mais sensatos, prudentes e calmos.
Cada ser humano é uma casa espiritual que, pela livre vontade e esforço de seu morador, se encontra sempre em contínua modificação para melhorar, senão a reforma integral para tirá-la da ruína e do abandono, entulhada de lixo desprezível e transformada em reduto de seres traiçoeiros e venenosos oriundos da sombra. Ou mesmo com fachada soberba encobrindo um rosário de infelicidades, como a falta de respeito de um para com o outro no seio de uma família ou nela não haver o menor sinal de união e solidariedade, a exigir a reforma integral da casa íntima. Muitas vezes é imprescindível que os alicerces de nossa casa espiritual sejam abalados e renovados.
Por isso, nessa babel de valores morais em descompasso e convulsão, Chico Xavier chama a nossa atenção para não haver a menor possibilidade de enganar alguém sem ser enganado depois, a não ter como fazer alguém chorar sem chorar depois, tudo graduado dentro da mesma ordem de medida. O Universo é simples nos pagamentos, ele não deixa dívida para trás, acentua o mestre.