A Fórmula 1 não é só suja porque os pilotos enlameiam a pista de óleo, por preferirem não parar e continuar na disputa, pondo em risco o percurso de seus colegas de profissão. Nelsinho Piquet bateu de propósito em Cingapura com o intuito de agradar seu patrão da Renault e renovar o contrato para a próxima temporada. Seu estado mental e emocional, que não é lá grandes coisas, o obrigou a agir contra a sua própria natureza. Escandalizando o bom-moço Barrichello, que se colocou no papel de juiz e sentenciou a exclusão da família Piquet do esporte – o filho teve a quem sair. Por acaso, ficar à sombra de Schumaker na Ferrari durante anos, cedendo até vitórias líquidas e certas em favor do alemão, alçando Barrichello à condição de milionário, é mais ético? Diante da torcida brasileira, que exalta os seus heróis do automobilismo como se fossem os do futebol, é mais digno?
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