Classificada em sétimo lugar no desfile das escolas de samba em 2014, há 21 anos a Beija-Flor não deixava de estar entre as primeiras colocadas. A escola de samba considerada puxa-saco da ditadura mas que com Joãosinho Trinta elevou seu nome aos píncaros. Sempre beneficiada nas apurações, cometeu um grave erro nos 30 anos em que se comemora a construção do Sambódromo ao levar para a avenida uma homenagem a Boni, “o astro iluminado da comunicação brasileira”, e à Globo, desfilando Faustão, Renato Aragão, Toni Ramos, Angélica, Luciano Huck, Miguel Falabella, Tarcísio Meira, Regina Duarte e Francisco Cuoco, dentre outros. Foi estrepitosamente vaiada aos gritos de Brizola, injustiçado por não ser reconhecido como quem levantou o Sambódromo (que seria imitado em outros estados), sob pesadas críticas da Globo à época, semelhantes a essas que se fazem hoje aos estádios da Copa do Mundo no Brasil – irrelevante gastar dinheiro com samba -, e de a passarela do samba não ficar pronta a tempo no Carnaval. Brizola ficou célebre por dizer que o que é bom para a Globo, é ruim para o Brasil. Nem se Brizola estivesse vivo, faria melhor.