Sou muito mais frágil do que pareço
Mas é na transparência da fragilidade
Que me fortaleço, cresço e apareço
E sigo em frente, atrás vem gente
Tem crente o tempo todo
Passando o rodo nos nossos jeitos
Bradando que tudo é defeito
Quando somos apenas diferentes
E tá tudo bem, ou deveria
Hoje em dia não se sabe
E não cabe a mim julgar
Mas parece que em todos há
Inclusive em mim
Uma necessidade de achar
Que os outros deveriam agir
Assim ou assado
Igual ao que se tem como certo
Ou como lhe foi ensinado
Sempre me faltou autoconfiança
E sobrou necessidade de agradar
Daí hoje, que estou a mudar
Há uma certa descrença no ar
Mas eu insisto e percebo
Que quanto mais me vejo
Mais tenho certeza
Que a verdadeira beleza
É ouvir a voz interior
E guardar ela pra si
Muito mais do que já fiz
Sempre contando tudo pra toda gente
Sim, estou diferente
E não importa o que eu era
Ou parecia
Não vou mais retroalimentar
Minha agonia
Por sufocar meu eu
Para ajudar quem pouco se fudeu
Com tudo que só meu corpo viveu
É tipo isso: zero compromisso
com tudo e todos
Bola pra frente
Eu tô passando o rodo
Deixe um comentário