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BOLSONARO, DE MITO A PATIFE

Triste sina que Bolsonaro arrumou para se coçar. Acreditou-se um iluminado por um boçal como ele ter sido eleito presidente, faltando pouco para se reeleger e tornar-se ditador, e que agora nunca mais se livrará da pecha de golpista, assassino, miliciano, genocida (negacionista), idealizador e praticante de rachadinhas, ladrão de joias, falsificador de atestados de vacina quando alardeava nem acreditar. Vai ser condenado pela opinião pública para o resto de sua vida. Um pesadelo sem fim. Quando já se pensava o que Deus poderia fazer com tamanha perversão e maldade destilada por esta estranha criatura em toda a sua existência. Simples assim: apenas não permitir que descanse em paz, aqui na Terra, passando um filme com todas as suas proezas em sua mente, em sessões contínuas sem intervalo, de tão autorreferente que a besta fera é. O destaque no filme será como se tornou um traidor de seus comparsas, colaboradores, fiéis adeptos (o gado), e como pôs sua família a seu serviço. Ninguém poderia se julgar traído por ele, Bolsonaro, se julgar um deus, acima de todos, e, portanto, perdoado por saber o que estava fazendo – muito mais do que os outros e a quem deveriam prestar continência. O final do filme ainda não será exibido a Bolsonaro, embora sabedor do que lhe aguarda. O nosso planeta é composto de gente limitada, que se deixa levar por falsos deuses, traindo, aliás, o verdadeiro Deus, e, ainda por cima, não se dando conta de como é fácil processar uma lavagem cerebral em suas cabeças tão malformadas há séculos. Entra ano, sai ano, estamos sempre a reparar, a restaurar, a remediar, quase nunca a construir uma nova mente.

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Antonio Carlos Gaio
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