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BOLSONARO DISLÉXICO

Bolsonaro consertou “comemorar o golpe” para “rememorá-lo”. Quantas vezes ele não enganou as mulheres com esse reles artifício? Quantas vezes ele não enganou seus superiores militares, que o expulsaram da corporação? Quantas vezes ele não enganou seus filhos, que o respeitaram e se transformaram em monstros iguais a ele? Menos o eleitorado, que se identificou com ele e não se deixou enganar. Sabia de quem ele se tratava e fechou com ele, em gênero, número e grau. Se, dentre eles, usaram o capitão para tirar o PT do poder se identificando com as fake news, ou seja, com a mentira veiculada, embora o discurso fosse anticorrupção. Quer mais Bolsonaro que isso? Se, dentre outros, ingênuos se identificaram com o discurso contra a bandidagem à custa do emprego de mais armas nas mãos de cidadãos, embora o caráter da retórica lenga-lenga fosse homofóbica, agressiva, machista e caracterizada pela força bruta, de que não têm a menor noção, nem faça diferença para ele ou ela, se afogando no analfabetismo político.

Antonio Carlos Gaio:
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