Nunca antes se realizou um filme que levou 12 anos para ser rodado, retratando o crescimento do ator e personagem Ellar Coltrane, desde os seus 6 anos (entrada para a escola) até os 18 (ingresso na faculdade), com ele envelhecendo e também Ethan Hawke e Patrícia Arquette (pai e mãe no filme), bem como a irmã (Lorelei Linklater, filha do diretor Richard Linklater). Embora o filme custe a engrenar até chegar no início da adolescência, fazendo-nos crer que o filme é longo demais e a história não tem nada de mirabolante, até descobrirmos que é a vida sendo narrada – e existe algo mais especial que a vida? Além de fazer a gente pensar em vários aspectos de nossa própria vida nos dias subsequentes. Um estudo honesto sobre o cotidiano de uma família comum com pais separados e como isso repercute no filho Ellar Coltrane ao longo de seu crescimento. Por mais que o mundo hoje seja mais aberto e menos hipócrita, as crianças sempre tiveram muitas perguntas por fazer aos pais e eles nunca respondem conforme a expectativa dos filhos de saciar sua curiosidade de forma a conhecê-los melhor, já que os pais partem do princípio de que os filhos não amadureceram o suficiente para que eles possam abrir a respeito de suas incoerências, fraquezas, incertezas, tremendos erros, a demonstrar que querem construir uma verdadeira família para propiciar maior consistência na formação de seus filhos, mas sem revelar sua verdadeira face.