A França derrotou sem a menor dificuldade por 2×0 um Uruguai vazio, sem imaginação, sem gás, sem Cavani e peças de reposição à altura, e ainda ajudado por um tremendo frango do goleiro Muslera (que nunca foi lá essas coisas).
O excelente time da Bélgica envolveu o Brasil no 1º tempo com 2×0, por meio da trinca Hazard (o melhor em campo), Lukaku e De Bruyne, parecendo que ia fazer um gol a qualquer momento com penetrações perigosíssimas, contra-ataques incisivos, uma defesa segura e um senhor goleiro (Courtois), pegando tudo no 2º tempo, quando diminuímos a desvantagem com um gol de Renato Augusto, que substituiu Paulinho – uma nulidade na Copa, deixando de fazer os gols decisivos que consignou nas eliminatórias e que o guindaram a titular. Neymar não rendeu o bastante para quem deseja ser o melhor do mundo. Fernandinho fez um vexaminoso gol contra de braço em que se confundiu num escanteio com Gabriel Jesus, repercutindo em sua atuação. Já Miranda e Douglas Costa se saíram muito bem. O Brasil não foi um time matador na Copa a exemplo das eliminatórias, perdendo não poucas chances desde contra a Suíça, Costa Rica, finalizando na Bélgica. Adeus, Lenin!
Inglaterra passou por cima da Suécia por 2×0 com uma atuação que a credencia a pensar em ser finalista da Copa, refletindo o bom trabalho feito na base quando se sagrou campeã mundial para seleções abaixo de 20 e de 17 anos – colhendo o que semeou. A Suécia já tinha ido longe demais.
Croácia eliminou a Rússia nos pênaltis empatando em 2×2 ao final do tempo normal e na prorrogação, ambas as equipes vindas da mesma maratona nas oitavas. Desgastada, vai pegar a Inglaterra na outra semifinal. Um jogo igual com a Rússia demonstrando ao longo da Copa um inesperado e eficiente desempenho para os padrões russos.
Convenhamos, o Brasil passar pela Bélgica e ser campeão do mundo significaria um presente demasiado grande para encobrir o fiasco do 7×1 em 2014 para a Alemanha, diante do torcedor brasileiro. Ou, então, a mesma França nos eliminar, mais uma vez, nas semifinais de 2018, tal como nas quartas de 1986 e 2006 e na final de 1998, em Paris. Ponhamos a cabeça no lugar!