A Argentina, numa jornada dramática, heroica e de recuperação, venceu nos minutos finais a bagunçada Nigéria por 2×1, com um dos gols, de Messi, evidenciando extraordinário controle de bola. Os portenhos classificaram-se para enfrentar a França nas oitavas em disputa de resultado imprevisível, pois ambas as seleções, consideradas candidatas ao título, não inspiram a menor confiança quanto à conquista pelo que já demonstraram.
À medida que avança a Copa, juízes se confundem com os árbitros de vídeo face ao crescente uso da tecnologia do VAR, até para livrar sua responsabilidade, ora consultando ou não ou apenas ouvindo os árbitros e dispensando a telinha ou mesmo marcando por conta própria, como o juiz turco Cakir Cuneyt que viu pênalti num agarrão inexistente de Mascherano no jogador nigeriano. O terceiro erro mais grave de arbitragem da Copa, antecedido pelo juiz ladrão Szymon Marciniak (polonês), que não marcou um pênalti claríssimo para a Suécia contra a Alemanha, além do mexicano que não vislumbrou no empurrão em Miranda anular o gol da Suíça.
Eis que o torcedor brasileiro, antes de o Brasil entrar em campo, recebe a boa notícia de que a Alemanha foi mandada embora para casa mais cedo – melhor do que eliminar a Argentina, a despeito de Messi não o merecer. Os autossuficientes, mentalmente fortes e imbatíveis germânicos derrotados pela limitada Coreia do Sul, se distanciando mais ainda da Suécia e México, os classificados do grupo. Até os descontos do 2º tempo, bastava a Alemanha fazer um único gol e avançar às oitavas, mas foi a Coreia do Sul quem fez dois, num vexame que vai entrar para a história. Não se notou renovação no time alemão com os jogadores campeões em 2014 já sem imaginação e sem tomar iniciativa, excetuado Tony Kroos. Podemos nos considerar vingados da derrota humilhante por 7×1 no Mineirão.
Brasil entrou para enfrentar a Sérvia com muita tranquilidade (precisava só do empate) e venceu de 2×0. Apesar de Marcelo ter saído contundido logo no início da partida. Dessa vez, o ego do Neymar estava no lugar. Atuação magnífica de Thiago Silva. Os reservas Fagner e Filipe Luís corresponderam completamente, bem como o desempenho de Willian diminuiu o aborrecimento por Douglas Costa não continuar na equipe (contusão). A defesa, em todas as suas linhas, não está dando margem a preocupações. É indispensável que Paulinho, Casemiro e Gabriel Jesus evoluam para inspirar mais confiança na Seleção.
O VAR, o maior personagem da Copa até agora, foi crucial na eliminação da Alemanha. O auxiliar de arbitragem marcou impedimento no primeiro gol da Coreia do Sul e o VAR demonstrou que a bola, antes de chegar no atacante coreano Kim Young-Gwon, roçou a perna de Kroos, tirando o impedimento. Um pequeno detalhe de tremenda magnitude. Como era a vida no futebol antes da existência do VAR?