Da série das diferenças entre o governo Lula e o ideário econômico tucano. Lula defende o investimento no crescimento dos vizinhos, sem discriminar quem é Chávez, que apito toca Evo Morales, ou se a linha do Equador cruza com o Brasil. Para não olhar com desdém do sucesso do Brasil, faz-se necessário diminuir a miséria na América do Sul e compartilhar um pouco mais de nossas riquezas, para juntos crescermos. Num mundo globalizado, ninguém poderá se desenvolver isolado dos coirmãos bolivarianos do continente. Se os Estados Unidos não deram o exemplo, não é preciso mal copiar. Se a China se agiganta e pouco se dá para a Ásia, os ressentimentos do passado com o Japão não se diluem. Será que o Serra irá se irritar com o topete do Paraguai e cortar seu Itaipu? Seguir a orientação do democrata Sarney e impedir o ingresso da Venezuela no Mercosul? Se não existe mais general ditador para considerar o regime chavista como farinha do mesmo saco que Cuba. Ou será imperialista como FHC, que construiu um gasoduto da Bolívia a São Paulo, com nosso dinheiro e da Petrobras, e nem por isso foi considerada obra eleitoreira ou de favorecimento ao hermano?