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BRASIL ELIMINADO DA COPA DO MUNDO PELA BÉLGICA!

Preferi deixar para escrever minhas impressões dois dias depois para o distanciamento crítico apagar a tristeza que se abateu sobre mim e a trajetória do Neymar, a quem abraço em solidariedade, face ao massacre que recai sobre sua cabeça por ainda não ser amadurecido aos 26 anos e lhe faltar ética ao lidar muito mal com a simulação em resposta a entradas violentas que recebe, rolando no gramado fingindo dores, conectando-o à onda de desonestidade que campeia no país desde o que foi descoberto pela Operação Lava-Jato até aterrissar no Brasil golpista. Contudo, em primeiro lugar, o excelente time da Bélgica envolveu o Brasil no 1º tempo com 2×0, por meio da infernal trinca Hazard (o melhor em campo), Lukaku e De Bruyne, parecendo que iam fazer um gol a qualquer momento com penetrações perigosíssimas, contra-ataques incisivos, uma defesa segura e um senhor goleiro (Courtois), que pegou até pensamento no 2º tempo, quando bem poderíamos ter empatado e levado o jogo para a prorrogação, sem nenhum desdouro para os belgas. O fato é que não se pode vencer como a Seleção brasileira de outrora, recheada de craques, sempre nos acostumou – a hora e vez de agora é do conjunto, pois escasseiam estrelas. O Brasil não foi um time matador na Copa a exemplo das eliminatórias sul-americanas, perdendo não poucas chances desde contra a Suíça, Costa Rica, finalizando na Bélgica. Mas Neymar não rendeu o bastante para quem açodadamente declarou que ia ser o melhor do mundo e salvar a pátria. Paulinho apagado na Copa e Fernandinho se houveram mal na contenção das investidas belgas, apesar de Miranda e Douglas Costa corresponderem a todas as expectativas. Neymar vai ter de repaginar sua carreira de futebolista com a enxurrada de críticas e gozações pelas redes sociais (que ele lê amiúde) a respeito do cai-cai e simulação de dores. Convenhamos, o Brasil passar pela Bélgica e ser campeão do mundo significaria um presente demasiado grande para encobrir o fiasco do 7×1 em 2014 para a Alemanha, diante do torcedor brasileiro. Ou, então, a mesma França nos eliminar, mais uma vez, nas semifinais de 2018, tal como nas quartas de 1986 e 2006 e na final de 1998, em Paris. Ponhamos a cabeça no lugar!

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Antonio Carlos Gaio
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