Como é gostoso ver filmes de um passado recente de 70 anos que retratam e enriquecem o século XX! Especialmente os dos anos 50, como se constata em “Carol” e “Brooklyn”. Em “Brooklyn”, Saoirse Ronan diz tudo com os olhos, bem como seus penteados e caracterização, quando troca a Irlanda pelo sonho americano de viver no subúrbio de Nova York e envolver-se num romance. Mas é obrigada a voltar e escolher entre os dois países, entre dois futuros, quando um bom partido lhe é apresentado, agora que está sendo mais valorizada não só profissionalmente, mas também como mulher, por ter se embebido da cultura americana. A ter que decidir entre o provincianismo da Irlanda, com suas fofocas e maledicência, revestida de novo status, e a apregoada liberdade do paraíso dos imigrantes ao se tornar esposa, mãe de uma ninhada e dar duro para ganhar a vida.