Lula quer ser lembrado como o homem que quebrou tabus e preconceitos. Lula não podia governar porque não fala inglês, não tem um dedo, é retirante nordestino, ou é quase analfabeto. Para não mencionar plural, concordância verbal, batatadas históricas e geográficas, não gostar de ler, estranhar o termo dossiê, gafes homéricas com africanos, não prejulgar políticos, não respeitar a liturgia do cargo com disparates a três por dois. Proteger os índios dos militares em associação com arrozeiros, passar a mão na cabeça do MST, a cota-parte dos negros nas universidades, abrir canal de voz para ex-terroristas como José Dirceu e Dilma Rousseff, indenizar a peso de ouro os perseguidos pela ditadura, pagar a dívida externa e conquistar credibilidade dos banqueiros internacionais. Com sua compulsão oral, fazer propaganda a custo zero de seus programas eleitorais em horário não permitido. Quem é burro, afinal?