BURROS!

Quem foi o culpado pela eliminação do Brasil perante a Holanda? Felipe Melo, que demonstrou ser recomendável sua internação em qualquer dos nossos melhores hospícios? Por não reunir as mínimas condições de disputar uma competição do nível da Copa do Mundo e Dunga ignorar completamente no que consiste um desequilibrado. Provocou sua própria expulsão com um pisão grosseiro em Sneijder, com raiva do autor dos dois gols, herói do jogo e nosso carrasco.
Ou o vilão foi Júlio César? Um goleiro que não costuma errar! Levou um gol de forma bisonha, ficando inseguro e saindo atabalhoadamente da área. Beirou o fracasso a atuação da defesa brasileira, com Lúcio e Juan considerados destaques, mas tomando gols de envergonhar qualquer despedida de Copa.        
Um jogo de dois tempos. Um grande primeiro tempo em que não soubemos matar o jogo, traço marcante dessa equipe. No segundo tempo, entraram com a guarda baixa, pretendendo cozinhar o adversário em banho-maria e esfriando o ritmo – característica do estilo que Dunga imprimiu à seleção -, onde Kaká não disse a que veio, Robinho brilhou e apagou e, em matéria de craques fabulosos, estacionamos no Ronaldo Gordo e no avoado Ronaldinho Gaúcho.
Fica o consolo que dia haveria de chegar em que a Holanda deixaria de ser nosso freguês em Copa do Mundo.
Fica o consolo de que foi melhor perder em 2010 na África do Sul do que em 2014 no Brasil.    
Não serve de consolo termos sido derrotados pela estratégia inteligente da Holanda em saber explorar a falta de malícia do juiz japonês conjugada com o descontrole emocional dos brasileiros, originado no espírito de um grupo fechado com Dunga em regime de caserna.
Por fazerem jus ao epíteto com que a torcida brasileira costuma homenagear seus ex-ídolos: “Burros!”.