Sérgio Cabral Filho e Garotinho, ex-governadores do Rio de Janeiro, presos pelo juiz federal Sérgio Moro e juiz eleitoral Glaucenir Silva de Oliveira, viram terminar seus dias de prestígio no presídio Bangu 8. O primeiro por já se saber ter levado propina no Maracanã com a Copa do Mundo e das empreiteiras que transformaram o Rio de Janeiro num canteiro de obras, mas que desconhecíamos ter instalado aquecimento no assento de sua privada e presenteado Madame Ancelmo com um anel no valor de 800 mil reais. O segundo por já se saber, não é de hoje, comprar votos, coagir testemunhas e destruir provas, com direito à cena de Garotinho não querer embarcar na ambulância que o levaria ao presídio sob o receio de lá ser assassinado por traficantes, perante os gritos desesperados de sua filha Clarissa. Ambos disputando quem é o mais brega. Quem ganha mais com isso? O considerado herói nacional pelos apoiadores do impeachment de Dilma, o juiz Moro, que já fez um estrago considerável no PMDB, ao também prender Eduardo Cunha. Falta Temer e sua equipe de ministros, inviável no momento por desestabilizar o país e desmoralizar o impeachment. Aécio, Serra, Alckmin e FHC continuarão blindados por Moro. Resta sua obsessão – Lula -, que poderá causar uma revolta na população. Moro vai ter que pagar para ver, sob o risco de insuflar um conflito internacional. Seu prestígio, sua carreira e seu destino estarão em jogo, a exemplo do fim que decretou para Cabral, em tenra idade política. O que não acontecerá a Lula, cuja história já está sacramentada por tudo o que fez pela população mais carente. Terá de tirar um coelho da cartola do muquifo de Guarujá, dos pedalinhos de Atibaia e das tranqueiras do tempo de presidente depositadas em guarda-móveis.