O ministro Joaquim Barbosa foi indicado pelos seus pares para relator do julgamento do mensalão como teste de fogo para observar se iria aliviar. Havia sido indicado por Lula como o primeiro juiz negro do Supremo Tribunal Federal e notório emblema de orgulho da raça e de exemplo aos que vêm de baixo – Joaquim é filho de pedreiro, com sete irmãos e natural de Paracatu. Com o seu voto (ainda não concluído), está sinalizando que, onde houver crime, ele irá condenar. Indiferente a se o imbróglio é mensalão ou caixa 2. Baseado na pocilga que costuma predominar nos bastidores da política. Nessa toada, bem que poderia continuar a devassa nos demais parlamentares e nos bandidos de toga. Notou-se que seus colegas julgadores ficaram estupefatos e receosos de até onde Joaquim Barbosa iria, ainda mais por ser brabo. Pois se adotarem uma linha mais complacente e forem absolvendo, serão inevitavelmente comparados a Joaquim Barbosa e o tiro terá saído pela culatra na tentativa de queimar o “juiz negro e de origens semelhantes às de Lula”. Por força dessa disputa intestina de superegos de toga, eles não quererão ficar por baixo de Joaquim Barbosa e absolvições serão revistas. Há uma tendência para condenar. Que os réus se preparem. Amém.
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