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CAPÍTULO 19 – JÁ SE OUVEM OS APLAUSOS FRENÉTICOS À CONDENAÇÃO

Por que o julgamento do mensalão está dispensando a comprovação para se valer de indícios, de forma a condenar os réus, com os ministros imbuídos do espírito de maior rigor com a corrupção, se isso antes nunca se viu? Se oito dos onze juízes foram indicados pelo presidente Lula, enquanto o colegiado do Supremo à época de FHC fechava os olhos à sua volta? Especialmente ao ter ratificado a prorrogação de mandato de FHC, quando a reeleição só cabia constitucionalmente para o seu sucessor, conforme qualquer estudante de Direito não desconhece. Se o procurador-geral indicado e reconduzido pelo presidente Lula denunciou o mensalão, no governo tucano era conhecido como engavetador-geral da república: dos 626 inquéritos recebidos, engavetou 242 e arquivou 217, especialmente se relacionados ao patrão. Desde que Lula tomou posse, a mídia se transformou numa central de polícia política que investiga, origina e municia CPI’s, que não teria nada de mais, a bem da liberdade de imprensa, se não fosse a ênfase em inimigos do Brasil que ela imagina ser o melhor para os brasileiros. Não por acaso a Veja se consorciou com o bicheiro Cachoeira como fonte de informação que por vezes fabrica dossiês, quando não vende a aloprados. No entanto, a livre imprensa dos anos 90 jamais se interessou em seguir a pista da compra de votos para a reeleição de FHC nem dos escândalos das privatizações, 15 anos mais tarde consagrados em livro de Amaury Ribeiro Jr. como “A Privataria Tucana” – também ignorado pela mídia. Já se ouvem os aplausos frenéticos à condenação, extensivos aos juízes e procurador nomeados pelo mesmo presidente acusado por FHC de leniente com a corrupção. Já se ouvem os aplausos frenéticos à condenação pela mesma plateia que adora o Príncipe, completamente alienada em relação aos seus malfeitos. Ou de moral frouxa para pender pro lado que mais lhe convém? Ou por uma questão de ideologia e discriminatória na defesa de seus direitos?

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Antonio Carlos Gaio
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