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CAPÍTULO 208 – EXPANSÃO DA CARIDADE PARA O BEM DE TODOS

Até quando sua visão não conseguirá ir além dos limites do túmulo? Até quando se deixará levar por acessos de raiva que o consomem por inteiro e desandar a fazer coisas de que um dia, fatalmente, irá se arrepender? Até quando acreditará na vida ser um total despropósito, obrigando-o a nutrir fé por alguma coisa que possa acalmar o absurdo da vida? Absurdo esse por antecipadamente forjar problemas que, na maioria das vezes, provêm de sua mente fértil e de seu coração ansioso.
Compreenda agora que as nossas desventuras, incompreensões e não aceitação terão consolação no futuro que Deus nos prepara. A fé é o remédio certo para o sofrimento ao apagar os dias sombrios que nos atemorizam. Aquele que duvida da fé experimenta ato contínuo as angústias dolorosas da aflição. Portanto, esforce-se indo em direção ao verdadeiro aperfeiçoamento para descobrir o que veio procurar nessa encarnação. A vida é curta e passa rápido, embora dê a impressão do contrário.
A ducentésima oitava intervenção espiritual, em 26 de janeiro de 2024, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 116 (“Não só”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 5 (“Bem-aventurados os aflitos”), item 19 (“O mal e o remédio”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Então, quer dizer que a verdadeira ordem para o mundo terrestre seria a expansão da caridade para o da Humanidade? Muitos creem que praticar a caridade é apenas oferecer dádivas materiais aos necessitados de pão e teto. Quando caridade não é só receber e dar, mas também ensinar e aprender. Bem que procuram limitá-la, ocultando-lhe o seu espírito divino esclarecedor, quando é indispensável que a caridade resulte em abundância de conhecimento elevado. Pois tantos deliberadamente preferem permanecer nas sombras da ignorância, restritos ao seu espírito limitado e voltados para a autoadoração, explorando a caridade e a boa-fé de crédulos ingênuos.
Se para Allan Kardec, fé inabalável é aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade.
Se o apóstolo Paulo de Tarso (São Paulo) inicialmente pôs-se a perseguir os primeiros discípulos de Jesus para posteriormente se dedicar à propagação do cristianismo em seus primórdios, durante o Império Romano, necessitando ficar cego temporariamente quando viu Jesus Cristo envolto por uma luz capaz de cegar, para de fato passar a enxergar a nova realidade que se apresentava ao mundo, tornando-o alvo do impiedoso e cruel imperador Nero, que o decapitou. Na mesma Roma que se converteria ao cristianismo cerca de 250 anos depois.
O Espírito Emmanuel lembra que o sagrado Paulo já havia ressaltado a necessidade da caridade crescer, expandir mais e mais na ciência e em todo o conhecimento. A cooperação para o bem comum aliado ao querer bem ao próximo. Se acoplarmos a fé, como o melhor remédio para combater o mal, é a comunidade espírita obrando, cuidando e zelando por nós ao longo dos séculos.

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Antonio Carlos Gaio
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