X

CAPÍTULO 217 – A GRANDE TRANSIÇÃO

Segundo Joanna de Ângelis, opera-se, na Terra, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo. O planeta em crise experimenta convulsões atípicas, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral. Isto porque os espíritos que o habitam, ainda estagiando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma nova era de paz e de felicidade. Os espíritos renitentes na perversidade, nos desmandos e na vileza estão sendo recambiados lentamente para mundos inferiores onde enfrentarão as consequências dos seus atos deploráveis para serem recuperados e inclinados ao cumprimento das leis de amor, na medida que o aprendizado vá modificando os hábitos infames a que se entregaram. Caso se oponham às exigências da evolução, sofrerão os efeitos danosos da sua rebeldia, ao lhes ensejarem ser úteis junto a raças atrasadas e ignorantes num tipo de expurgo temporário em regiões primárias. Concomitantemente, espíritos nobres, procedentes de outras Esferas, estarão chegando a fim de promoverem o bem e alargarem os horizontes da felicidade humana, trabalhando infatigavelmente na reconstrução da sociedade então fiel aos desígnios divinos. Não serão apenas os cataclismos físicos que sacudirão o planeta, como resultado da destruição ambiental, geradora desses fenômenos, mas também os de natureza moral, social e humana que marcarão os dias tormentosos que já se vivem. A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto. O indivíduo que se renova moralmente contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.
A ducentésima décima sétima intervenção espiritual, em 31 de maio de 2024, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 125 (“O Senhor mostrará”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 5 (“Bem-aventurados os aflitos”), item 28 (“É permitido abreviar a vida de um doente que sofre sem esperança?”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
Se diariamente há movimentos de aproximação entre tantos que se candidatam ao bom entendimento, quanto mais perante a vida eterna. Com alguns trazendo a mão reconfortante e amiga da assistência fraternal, outros portando o júbilo próprio de uma esperança sublime. Permitindo o estabelecimento de novos acordos.
Daí não caber apressar o seu fim ao final de sua encarnação, se vítima de cruéis sofrimentos e agonia crescente, sabedor de que seu estado não inspira mais esperanças. Ademais, ninguém pode afirmar com certeza que sua hora tenha chegado, se até a Ciência se engana em suas previsões. E se o doente reanimar e recobrar sua lucidez por breves instantes para se arrepender do que não fez, logo durante a grande transição?
Se ainda ignora o que seu Espírito pode fazer nos instantes derradeiros de vida e, com isso, quantos tormentos poderá suavizar.

Antonio Carlos Gaio:
Related Post

Este site usa cookies.