Sofri o quarto infarto no dia 24 de janeiro que resultou na colocação de mais quatro stents (dispositivos médicos tubulares que são inseridos em artérias ou vasos sanguíneos para corrigir estreitamentos e melhorar o fluxo sanguíneo, mantendo a oxigenação dos tecidos), que se somaram aos cinco já existentes. Levando-me a pressentir mais envelhecimento e consequente perda de vitalidade, com uma sensação de o coração querer se despedir de mim, o Espírito, em contraste gritante com a disposição redobrada para realizar outras missões. Embora eu siga as prescrições médicas, fazendo exercícios diariamente e dispondo de uma alimentação saudável, o que não impede num organismo fértil em produzir placas de gordura, que elas se avolumem e impeçam o fluxo sanguíneo. Ou, então, o estresse se fez presente como reflexo de eu me importar com pessoas sem noção, ao invés de deixá-las cair em seu próprio vazio, possuído que eu estava pela vaidade em defender meus pontos de vista. Isso é não sentir ou não dar o devido valor ou até mesmo ignorar que a espiritualidade está sempre nos preparando para nos desincumbirmos de missões, sejam elas quais forem. Mas a ponto de sofrer um infarto? Só os Espíritos podem sopesar e avaliar quanto ao que é preciso para despertar, especialmente quem prenuncia desviar-se de seu caminho correto. Quem nunca fez um juízo errado um dia?
Não piores situações que te coloquem, não te revoltes, não te lastimes. Silencia e espera, porque Deus e o tempo tudo esclarecem, segundo o Doutor Bezerra de Menezes. Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência. A paciência desarticula os mecanismos do mal. Aquele que não se altera diante da provação, não reagindo às provocações, ignora o mal. A impaciência é a reação que, quem nos provoca, está esperando.
A ducentésima trigésima quarta intervenção espiritual, em 7 de fevereiro de 2025, se iniciou com cânticos no intuito de abrir caminho para os espíritos curadores, prosseguindo com a leitura de “Vinha de Luz”, 142 (“Tribulações”), de Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel, e estudo preliminar do capítulo 8 (“Bem-aventurados os puros de coração”), itens 11 a 13 (“Escândalos. Se vossa mão é motivo de escândalo, cortai-a”) do livro de Allan Kardec, “O Evangelho segundo o Espiritismo”.
É natural que sucedam escândalos no mundo, já dizia Jesus Cristo, até como consequência da imperfeição dos homens, tendentes a fazer o mal, e não que exista para eles a obrigação de praticá-los. Escândalo não é somente o que ofende a consciência dos outros, é também tudo o que resulta dos vícios e das deficiências humanas, assim como toda reação má de indivíduo para indivíduo, com ou sem repercussão. O escândalo, neste caso, é o resultado efetivo do mal moral, e até necessário para dar origem às tribulações.
As tribulações, se levadas às reflexões, podem evitar o desvio enganador do caminho correto, já que produzem fortaleza e paciência, e ninguém encontra o tesouro da experiência no pântano da hesitação e da ociosidade. O grande serviço de preparação há de ser efetuado na maravilhosa e desconhecida “terra de nós mesmos”. Nem todos reencarnamos na Terra como autoridade, na eminência social ou governo do mundo, mas todos os discípulos dispõem de força e controle de si próprios, como melhor entender seu livre-arbítrio. Mas são indispensáveis anos pesados de serviço áspero e contínua renúncia, salientando-se a função educativa e restauradora, até encontrar júbilo nas tribulações.
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