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CAPÍTULO 24 – LEWANDOWSKI NÃO É VAQUINHA DE PRESÉPIO DE JOAQUIM BARBOSA

O ministro Lewandowski mostrou no núcleo dos deputados que não é vaquinha de presépio de Joaquim Barbosa, conforme outros ministros que não se cansam de assinar embaixo de tudo o que inquisidor-mor proclama. Dando nome aos bois, de acordo com a performance: Fux, Gilmar e, surpreendentemente, Ayres. Pelo menos, antes de condenar, finjam como Marco Aurélio e levantem questões, debatam, discutam à exaustão lavagem de dinheiro (tema moderno e complexo), domínio do fato, ato de ofício, e não deixem para o Lewandowski a tarefa ingrata de “ser do contra” à máquina corruptora montada pelo Marcos Valério em conjunto com o Banco Rural (já provada e condenada).  O voto do Joaquim revela, sem sombra de dúvida, um mergulho aprofundado nos meandros do processo, procurando construir uma versão bem coerente e criteriosa a que se pode dar muito crédito – porque saber exatamente como foi é tarefa para Deus. Todavia, o ego do Joaquim, exacerbado pela relatoria, não consegue dissimular a irritação com a máquina petista, quando ressaltou em plenário que Dilma, ao depor nos autos, revelou-se surpresa com a agilidade com que o Congresso aprovou as mudanças no setor de energia elétrica depois do apagão, deixando implícito maldosamente que era fruto do voto comprado. Menos, Joaquim Barbosa, menos!
Antonio Carlos Gaio:

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