Com o rigor estampado no julgamento do mensalão, agravado por penas restritivas sem paralelo no judiciário brasileiro, só agora se lembraram que os presídios no Brasil são medievais e escolas do crime, sendo preferível morrer a ficar preso por anos no nosso país. A questionar se é pedagógico colocar gente graúda na cadeia por 40 anos ou fazer retornar os valores roubados aos cofres públicos. Quando tinham a certeza de que a influência do acusado na política o livraria de ser punido. Duvidando se, mesmo com a condenação, diminuirá o volume de crimes cometidos por figuras do alto escalão nos mais diferentes níveis – item 1. Duvidando se político e colarinho-branco irão pensar duas vezes antes de qualquer falcatrua por constatarem que agora isso está dando cadeia – item 2. Reforçando na sociedade que o país não mais pretende tolerar o mau emprego do dinheiro público – item 3. Dando a impressão a quem quiser ingressar na política que a imunidade parlamentar não mais permitirá todo e qualquer excesso, além de obrigá-lo à prestação de contas verdadeiras – item 4. O julgamento do mensalão tornou-se uma referência que precisa ser seguida também pelas instâncias inferiores e principalmente no mensalão tucano e do DEM – item 5. Senão José Dirceu e Genoino terão sido cobaias de um rigor que não contaminou a mentalidade corrente nem proliferou pelas instituições.