O PSDB e a mídia precisam ter cuidado para não pisar em ovos e se sujarem na defesa extremada por penas altas de modo aos réus (leia-se petistas) não se livrarem da prisão. Como se fosse uma questão de honra em razão do PT ter prometido, quando alcançado o poder, governar com honestidade como nunca antes alguém o fizera. Essa dupla inseparável (PSDB e mídia), em dado momento, chegou a acreditar e se assustou. A ser verdade, teriam que se mudar para o Paraguai. Contudo, para sorte sua e onipotência de José Dirceu, o mensalão se fez presente no cenário político. Trazendo na sua origem o mensalão tucano em Minas. Posteriormente se fazendo acompanhar pelo crime, ainda por ser julgado, imputado ao governador tucano, Marconi Perillo, por gerir o estado de Goiás em regime de livre iniciativa com Cachoeira e seu despachante de luxo, o ex-senador Demóstenes, seus sócios na empreitada. Sem contar o livro “A Privataria Tucana”, que denuncia as bandalheiras de Serra nas privatizações e que se encontra na dependência do procurador Gurgel se dignar a ler e processar mais um bando tucano. O mesmo procurador que enfileirou 40 réus no banco do mensalão, na iminência de ganhar uma ficha suja se indiciado pela CPI do Cachoeira ou se investigado pelo próprio Ministério Público por inação em continuidade delitiva. Ou seja, protegeu Demóstenes, o seu colega procurador, o quanto pôde, até eclodir a Operação Monte Carlo pela Polícia Federal. O mensalão começa a dar frutos, muito embora a dupla PSDB e mídia ainda insista no discurso Miss Double Face – a moça portadora de duas faces, com um sorriso sempre simpático, que se transfigura em raposa num abrir e piscar de olhos.