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CAPÍTULO 48 – SERÁ QUE BARROSO OCUPARÁ O LUGAR DE LEVANDOWSKI?

O que diriam de Joaquim Barbosa se ele batesse na mesma tecla do recém-investido juiz supremo Luiz Roberto Barroso de que não houve um tipo específico de corrupção partidária, e sim a repetição de práticas comuns a todo sistema político-eleitoral brasileiro? A questão conceitual de fundo, a balizar todo o julgamento. Faria companhia a Lula no rol de desqualificativos a ele atribuídos, ainda mais que foi Lula quem o inventou. JB seria execrado por não possuir um mínimo de cultura jurídica e não estar à altura do Supremo Tribunal Federal pelo jeito que se dirige aos colegas – um casca grossa – fazendo questão de humilhá-los à sua livre escolha se, por acaso, divergirem de suas teses. Não se livrando do que sofreu quando discriminado em sua trajetória, mesmo tendo alcançado o pódio. Levando seus defensores a fechar os olhos a suas vergastadas e aos maus-tratos públicos, desde que mantenha as condenações, prenda e arrebente, crendo que um homem como esse vá limpar o país da corrupção se eleito presidente da República, demonstrando que ainda não morreu o velho dilema: ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba com o Brasil. Embora em dúvida se passam a perseguir Barroso no lugar de Lewandowski, caso ele prossiga nesse discurso considerado petista pelos que desejam condenar José Dirceu e vê-lo penar na prisão. A prisão dos condenados passou a ser ponto de honra, pesando mais a vingança política do que punir a corrupção. O ódio pesando a mão sobre o partido que se orgulhava de primar pela ética, o que humilhava os demais partidos ao expô-los como desonestos, bastando fixar seu preço. Isso não tem perdão.
Antonio Carlos Gaio:

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