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CAPÍTULO 49 – CORONEL JOAQUIM BARBOSA

O juiz supremo Joaquim Barbosa se tornou um coronel. Não do Exército nem do sertão. De onde mais? Com poder de mando, ele o exerce autoritariamente e monocraticamente. Se é obrigado a julgar em regime de colegiado, nem por isso abre mão de tratar mal os colegas em defesa de como vê o Direito, julgando-se no seu direito. Com um canetaço, foi capaz de afastar o juiz responsável pela eficiente execução da prisão dos mensaleiros, a fim de tornar exemplar a Justiça. Nem que para isso tenha de se valer de poderes discricionários não previstos em lei, que não cabem na cabeça de um magistrado e sim na de um coronelão. Cercado de gente de sua confiança cujas preferências políticas denotam claramente, no teor de suas decisões, que buscam condenar, muito mais do que fazer justiça. Basta comparar as sentenças de Joaquim Barbosa com as lavradas contra poucos políticos, banqueiros e outros agentes do capitalismo sujo e corrupto, ainda não presos e em julgamentos que avançam em décadas. Um ponto fora da curva o julgamento do mensalão. Somente para servir de parâmetro. Só com o tempo verificar-se-á se houve injustiça, pois Joaquim Barbosa, como relator de um processo altamente complexo, escamoteou provas que não lhe interessavam para justificar suas teses. Até lá, quase todos estarão mortos, inclusive os juízes supremos. Por isso se diz que o grupo petista, a despeito dos crimes eleitorais cometidos, constitui-se de presos políticos e que nunca mais haverá outro linchamento igual. Em estrita conexão com o discurso de Lula de que nunca antes no país…

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Antonio Carlos Gaio
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