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CAPÍTULO 6 – BRASIL 3 x 1 CROÁCIA

3×1 foi um resultado enganoso para quem não assistiu ao jogo, que foi tenso, apertado, nervoso, imprevisível, alternando domínio do campo, ora de um, ora do outro, embora o esquadrão do Brasil fosse bem melhor do que o da Croácia.

Os gols falam melhor do que os xingamentos dirigidos à presidenta Dilma, iniciando pelo gol contra de Marcelo, o primeiro do Brasil em todas as Copas, brochando a torcida. Logo viria o gol de Neymar, de longe, num chute mascado, no cantinho, que o goleiro deixou passar por estar com a visão encoberta. Lucro para o Brasil, que imprensava, mas que não dava para sentir muita firmeza. A mesma impressão deixada na Copa das Confederações mas não ratificada, pelo fato da seleção não possuir a mesma abundância de craques de outros tempos.
O mesmo panorama no 2º tempo não impediu o gol mais controvertido da partida. O pênalti sobre Fred na melhor encenação de sua carreira para quem não estava jogando nada. Previsível o juiz japonês Yuchi Nishimura marcar porque saiu da Copa de 2010 com a fama injusta de ter eliminado o Brasil diante da Holanda, com sua atuação. Mais do que natural compensar no jogo de abertura da Copa a favor do dono da casa, de modo a ser convocado para apitar mais jogos.
O dia era do Brasil. O pênalti batido passou por entre as mãos do goleiro, não desviando o suficiente a trajetória da bola. Coube a Oscar, o melhor da partida, a autoria do terceiro gol que findou com o sofrimento da torcida brasileira. De biquinho, de fora da área, o terceiro da série começada por Romário na Copa de 1994 contra a Suécia, seguido por Ronaldo na Copa de 2002 contra a Turquia, quando em ambas as ocasiões fomos campeões do mundo – será um presságio?
Nossos laterais são baixos e a Croácia explorou cruzamentos sobre eles, inteligentemente. Neymar está desequilibrando, como sempre, mas levou um cartão amarelo – será provocado por mexicanos e camaroneses. Luiz Gustavo, uma muralha. Felipão fez substituições com enorme eficiência para a equipe.
Deus foi brasileiro.
Antonio Carlos Gaio:
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